
O desaparecimento de Jimmy Hoffa em 1975 constitui um dos maiores mistérios do século XX. Hoffa nasceu em Fevereiro de 1913 no estado de Indiana (Estados Unidos). Após a morte do pai, mudou-se para o estado do Michigan, onde ganhou a reputação de duro lutador de rua, que sempre defendia os direitos dos seus colegas trabalhadores contra os gestores das empresas onde trabalhou.
Devido à sua natureza, Hoffa perdeu vários empregos, vindo mais tarde a trabalhar no sindicato dos camionistas (International Brotherhood Of Teamsters), um dos mais poderosos dos Estados Unidos. As suas qualidades tornavam-no num líder e, pouco a pouco, Hoffa foi subindo na hierarquia dos Teamsters. Nesse período, Hoffa utilizou várias vezes as suas ligações ao crime organizado para seu benefício.
Em 1957, assumiu a liderança do sindicato, quando o seu antecessor foi condenado a 3 anos de cadeia por subornos. A sua disciplina e determinação (aliadas à extorsão, suborno e outras tácticas) produziram resultados e em poucos anos o sindicato tinha-se expandido a toda a América do Norte (o sindicato tornou-se de tal modo poderoso que, se Hoffa ordenasse uma greve, os Estados Unidos “paravam”, com graves consequências económicas). Hoffa manteve uma relação próxima com a Máfia durante esse período (que o havia ajudado a chegar à liderança do sindicato), permitindo que essa organização tivesse o verdadeiro controlo do sindicato.
O presidente Kennedy e o seu sucessor (Lyndon Johnson) tentaram pressionar Hoffa, ordenando a investigação das suas actividades. Robert Kennedy, o irmão mais novo de JFK e procurador-geral dos Estados Unidos, ficou responsável pela investigação. Hoffa foi chamado a testemunhar várias vezes e mais tarde condenado a 15 anos de prisão, por tentativa de suborno do júri e espoliação do fundo de pensões do sindicato. Frank Fitzsimmons, um colega de longa data de Hoffa, sucedeu-lhe na liderança dos Teamsters. A Máfia rapidamente se apercebeu que Fitzsimmons era ainda mais “flexível” que Hoffa e ganhou bastante com a sucessão.